Para chegar a locais de
difícil acesso, o governo vai enviar a Anajás 10 motores rabeta.
Medicamentos,
mosquiteiros, equipamentos e agentes de saúde serão enviados pelo governo do
Pará ao município de Anajás, no Arquipélago do Marajó, para reforçar o combate
à malária, doença infecciosa aguda ou crônica, transmitida pela fêmea do
mosquito Anopheles. Anajás registra o maior número de casos de malária, por
isso requer ações imediatas para conter o avanço da doença. As ações serão
desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) ainda em
janeiro.
“Estamos mandando para
Anajás 10 motores rabeta, para acesso às localidades mais difíceis, 5 mil
mosquiteiros e 5 mil testes rápidos, para fazer exames onde não há
laboratórios, além de uma embarcação de grande porte, para dar suporte aos
atendimentos mais graves. Isso deve acontecer em parceira com o município”,
informou Bernardo Cardoso, diretor do Departamento de Controle de Endemias da
Sespa.
Segundo o diretor, a
doença vem sendo combatida com eficácia em Anajás. “Durante o ano passado,
todos os meses eram registrados de 1,5 mil a 2 mil casos de malária. Em
dezembro, conseguimos reduzir esse número para 368 casos, todos em tratamento”,
disse ele.
No Pará houve uma
redução de 52% no número de pessoas que contraíram a doença. Há dois anos,
segundo Bernardo Cardoso, foram registrados 183 mil de casos de malária. No
final de 2012 esse número caiu para 90 mil em todo o Estado.
“Espero dentro de dois
anos zerar esses registros. O governo comprou 120 mil mosquiteiros, e o plano é
daqui a dois anos comprar mais 120 mil. Esses mosquiteiros serão distribuídos
nas localidades que mais registraram casos de malária. O objetivo é usá-los
para termos mais cinco anos sem registros da doença”, reiterou o diretor.
Dos 144 municípios
paraenses, apenas sete ainda apresentam casos de malária: Anajás (no Marajó) e
Itaituba (no oeste), que por terem mais casos foram priorizados pelo governo;
Jacareacanga e Novo Progresso (no oeste), Cametá e Oeiras do Pará (no Baixo
Tocantins) e Curralinho (no Marajó).
“Uma das estratégias
para atender todos esses municípios foi criar os laboratórios itinerantes,
dentro das lanchas que atendem pessoas com malária. Fazemos o exame rápido e
entregamos os medicamentos. Os laboratórios possuem equipamentos para exames,
remédios e pessoas qualificadas para identificar a doença”, disse Bernardo
Cardoso.
Fonte: APN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário