terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

BAGRE

Conheça um pouco sobre a bela cidade de Bagre.

ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

São poucas as informações sobre a fundação do povoado que deu origem a esse Município, sabendo-se, entretanto, que foi a época da Proclamação da República. A Lei nº 934, de 31 de julho de 1879, criou no lugar chamado Bagre, que pertencia ao Município de Oeiras, uma capela curada que, através da Lei nº 1.173, de 23 de abril de 1883, passou para o município de Melgaço. E em 1887 já no crepúsculo do regime monárquico, pela Lei nº 1.306, de 28 de novembro, foi elevada à condição de Freguesia, permanecendo, assim, até a República.

Por solicitação de seus habitantes, o governo provisório do Pará - o primeiro republicano - em 1890, pelo Decreto nº 210, de 28 de outubro, criou o município de Bagre. Da mesma data é a portaria que nomeava o Conselho de Intendência Municipal, sendo presidido pelo intendente Manoel Evaristo de Mendonça, eleito no primeiro pleito municipal ali realizado.
A posse dos nomeados e a instalação oficial do Município ocorreu a 11 de novembro de 1891. Bagre pertenceu, sucessivamente, aos municípios de Portel (Decreto nº 6, de 4 de novembro de 1930), Curralinho (Decreto nº 72, de 27 de dezembro de 1930) e, em 1935, com a Lei nº 8, voltou a pertencer a Portel, apresentando-se como um de seus distritos, o que foi considerado pelo Decreto-Lei nº 2.972 de 31 de março de 1938. Pelo Decreto-Lei nº 3.131, de 31 de outubro de 1938, o município de Portel perde para Oeiras o distrito de Bagre. Em face do disposto no Decreto-Lei nº 4.505, de 30 de novembro de 1943, o município de Oeiras e o distrito de Bagre passaram a denominar-se Araticu, constituído de dois distritos: Araticu e Bagre. Bagre, até 1961, pertencia ao município de Araticu, hoje Oeiras do Pará. A Lei nº 2.460, de 29 de dezembro de 1961, lhe restituiu a autonomia municipal. O Município é constituído dos distritos de Bagre e Pedreira.

CULTURA
A memória cultural e histórica do município de Bagre está intimamente ligada ao município de Oeiras do Pará. A razão está no fato de que Bagre foi desmembrada do antigo município de Oeiras, ganhando autonomia municipal, em 1961. Como expressão religiosa, destaca-se a festa de Santa Maria, padroeira do lugar, realizada no período de 20 a 30 de maio, com Círio fluvial, arraial, ladainha e festa dançante.
Os equipamentos culturais resumem-se a uma Biblioteca e uma Casa da Cultura, vinculadas à Prefeitura Municipal.
VEGETAÇÃO
A cobertura vegetal do Município é representada pela Floresta Densa dos baixos platôs. Ao longo da margem do rio Pará e do baixo curso dos seus afluentes, encontra-se a Floresta Densa da planície aluvial, da subregião dos furos de Marajó, com intensa presença de palmeiras, principalmente do açaizeiro, da floresta ciliar, ocupando os terraços. Onde a cobertura vegetal primária foi removida pela ação dos agricultores, surge a Floresta Secundária, em diversos estágios de regeneração. Pequenas formações campestres são encontradas nas áreas mais deprimidas, sujeitas à inundações pela ação das chuvas.

PATRIMÔNIO NATURAL
A alteração da cobertura vegetal, observada em imagens LANDSAT-TM, do ano de 1986, era de 38%. Os rios Jancundá, Panaúba e Pará são os acidentes geográficos mais importantes, bem como a praia Vila nova, a 3 Km da cidade de Bagre de grande beleza cênica. O Município apresenta áreas com cobertura florestal, em bom estado, que devem ser preservados.

TOPOGRAFIA
A topografia é quase inexpressiva, execução feita às áreas de platôs, onde estão AS partes mais elevadas, com 115 m ao sul. Entretanto, quanto à altitude da sede do Município, há referência de que está a 16 metros acima do nível do mar.

GEOLOGIA E RELEVO
O arcabouço geológico do município de Bagre é representada por sedimentos terciários e quaternários, com predominância dos últimos que são constituídos por cascalhos, areias e argilas, enquanto que apenas, NO sul do Município, afloram os sedimentos terciários do Grupo Barreiras. Refletindo essa estrutura, o relevo é bastante modesto, com a presença de áreas de terraços aluviais, áreas inundáveis e platôs interiorizados, inseridos na unidade morfoestrutural conhecida como Planalto Rebaixado da Amazônia (do Baixo Amazonas).

HIDROGRAFIA
A principal drenagem do Município é o rio Jacundá que corta seu território, NO sentido sudeste-noroeste, tendo como principais afluentes os iguarapés Águas-Claras, Açu, Braço, Repartimento do Jacundá e o rio Juruparu que deságua na Baia das Bocas.
Destaca-se, ainda, o rio Panaúba que, em sua foz, na baía das Araras, banha a sede municipal, e tem como principais afluentes o rio Tachi e os igarapés Pirarucu e Pimenta. Fazendo limite, a leste, com Oeiras do Pará, encontra-se o rio Mocajuba e, a noroeste, o rio Jaguarajó, limite com Portel. Ao norte, encontra-se a baia das Bocas, limite com Melgaço e baía das Araras, limite com Curralinho, onde estão situados diversos furos e ilhas.

Este vídeo é impagável, feito por alunos de uma escola pública de bagre, dentro de sua simplicidade e pureza no olhar, eles mostram a cultura e realidade do município sem qualquer maquiagem. Parabéns pra galerinha e pra quem é do Marajó temos certeza que vai gostar.



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