sexta-feira, 2 de março de 2012

VALSINHA DO MARAJÓ


Nossa! Como foi difícil encontrar esta letra, talvez seja pela falta de conhecimento sobre nossa própria musicalidade, rica e encantadoramente brilhante, ou pelo fato da não popularização da arte genial desses paraenses.  Esgaravatamos por várias fontes para oferecer-lhes mais este saber da riqueza cultural do Pará, conhecida por poucos. Nossa esperança, é que, as peculiaridades e curiosidades que envolvem a arte e criação de Waldemar Henrique, provoquem em nossos interlocutores a vontade para continuarem pesquisando mais sobre este gênio da nossa música.

Waldemar Henrique, nascido em Belém do Pará em 15/02/1905, era denominado como o "Sabiá da Amazônia", gênio musical que aos 14 anos de idade já emplacava o seu primeiro sucesso, "Olhos Verdes", intitulada mais tarde como "Valsinha do Marajó". Perdeu a mãe com apenas um ano de idade. Pouco depois se mudou para Portugal, onde fez o curso primário na cidade do Porto. Em 1917 retornou ao Pará. Aos 13 anos, começou a estudar piano escondido do pai com a professora Anna Andrade. Em 1924 entrou para o Exército, indo servir no Batalhão de Caçadores da 7ª Região Militar. Viajou com sua música e sua genialidade por boa parte da Europa (entre os anos 60/70 do século passado) mostrando em belos concertos todo o seu valor.

Letra: Paulo Waldemar Falcão

Quando a lua, tão formosa, tão serena, Banha de esplendor a praia, com seus raios sobre o mar! Uma esteira de luz guia a canoa, Que na noite constelada, vai singrando o mar! Eu me lembro de um bravo canoeiro, Que no mar, seu cativeiro, passa horas a cantar! O murmúrio vem de tão distante, Canoeiro errante, teu amor é o mar! Lembro da jornada alegre matutina, A canoa parte pequenina, Num adeus que a própria brisa doce carregou. Mas triste é quando se aproxima um temporal, E o canoeiro bravo que partiu ainda não voltou. Onde, porque choras lágrimas cantantes? Tuas vagas rolam soluçantes, Sobre alvura dessas praias cheias de luar, Escuta aquela voz que vem lá do infinito, Canto tão bonito, que parece Ser do próprio mar! Quando a lua tão formosa, tão serena, Banha de esplendor a praia Com seus raios sobre o mar! Uma esteira de luz guia a canoa, Que na noite constelada, vai singrando o mar! Eu me lembro de um bravo canoeiro, Que no mar seu cativeiro, passa horas a cantar! O murmúrio vem de tão distante, Canoeiro errante, teu amor é o mar! [Poema copiado da partitura] Letra Traduzida: Caráter Expressivo: Moderato saudoso Compasso: ¾

Acompanhe a interpretação de SALOMÃO HABIB

Edição e texto: MARAJÓ NA MÍDIA
Fontes: DICIONÁRIO DA MPB
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